O IAS vai a Belém para debater e trocar sobre água, saneamento e adaptação
10 nov 2025
A COP30, realizada em Belém, é significativa por diversos motivos. É a primeira das conferências sobre mudanças climáticas promovidas pela ONU a ser realizada no Brasil. É a primeira COP realizada em um país democrático desde 2021, sendo ainda o encontro que também marca os dez anos da assinatura do Acordo de Paris.
Por estar localizada em Belém, maior cidade da Amazônia, a COP30 se apresenta também como oportunidade para que o mundo olhe de perto para a floresta, para os conhecimentos dos povos originários e para a proteção das águas, compreendendo assim o papel essencial da região na questão climática.
Pela primeira vez, o IAS enviará dois representantes para a COP com o objetivo de trocar, debater e organizar mesas com os temas relacionados à água e saneamento e adaptação, em linha com nosso objetivo de alertar para a vulnerabilidade da área frente à crise climática e defender uma maior resiliência do setor diante dos desafios atuais.
Em sua trajetória, o IAS conta com importantes participações na esfera internacional. Desde 2021, o instituto integra a rede Sanitation Water for All, que atua frente a governos, organizações mundiais e redes de alto nível. Em 2023, contribuiu para articular a presença do governo brasileiro na Conferência da Água, em Nova York.
Em relação à COP, nos últimos anos a água vem adquirindo centralidade nos debates da conferência das partes sobre mudanças climáticas. Na COP28, em Dubai, a água foi escolhida como uma das áreas prioritárias, e na COP29, em Baku, foi publicada a Declaração Sobre Água para Ação Climática.
Este ano, a água aparece como parte de um dos seis eixos temáticos da Agenda de Ação da COP30, que define prioridades práticas e linhas de colaboração global para acelerar a implementação do Acordo de Paris. No eixo “Construção de resiliência em cidades, infraestrutura e água”, a “gestão da água” aparece como um dos objetivos listados.
A COP também abrigará o Pavilhão Água para o Clima, em que mais de 90 organizações pretendem debater soluções e aumentar a conscientização sobre segurança hídrica sob o prisma da adaptação climática.
Existe uma tendência de olhar para COPs apenas como um super-evento onde as nações irão alcançar um grande acordo em relação ao problema das emissões. É uma visão incompleta sobre o que abrange a conferência. Para além desse aspecto, a COP é também um lugar para onde atuam uma imensa diversidade de participantes, entre governantes subnacionais, representantes do setor privado, financiadores, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Na COP30, o governo brasileiro tem enfatizado a importância de envolver diversos níveis de atores nas discussões e esforços com o objetivo de fornecer uma multiplicidade de saídas.
A água é central para o debate climático, pois está profundamente conectada ao clima. Secas, enchentes, mudanças no ciclo hídrico, poluição da água, perda de ecossistemas aquáticos, são todos impactos da mudança climática que tendem a se intensificar. É hora de avançar nas ações e a COP30 é a oportunidade para decidir como isso pode ser feito.
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