Campanha Mudar o jogo propõe inclusão dos ODS nos programas eleitorais dos candidatos e candidatas

Publicado em 20 out 2020

Escrito por Equipe IAS

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imagem ilustrativa para matéria sobre Eleições e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade, a ser alcançado através da persecução das metas e indicadores estabelecidos nos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, compromisso global pactuado por 193 países na ONU em 2015. A erradicação da pobreza, o combate às desigualdades e às injustiças e o
controle das mudanças climáticas, são seus maiores desafios e, para vencê-los, é preciso transformar a realidade nos territórios, onde a vida acontece.

No Brasil, neste ano de pandemia e de eleições, a campanha de mídia e advocacy Mudar o Jogo, lançada nacionalmente no dia 19 de outubro, tem o objetivo de divulgar os 17 ODS e fazer com que candidaturas ao Executivo e Legislativo municipais e eleitores e eleitoras se comprometam com a ideia de que é possível mudar o mundo para melhor.

A realização da campanha é do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030), coalizão que reúne 50 organizações e redes brasileiras que acompanham a implementação dos ODS no país. A ação conta com financiamento da União Europeia e apoio da Rede ODS Brasil e da Frente Parlamentar Mista de Apoio aos ODS. Entre as atividades da campanha, além da publicação de material nas mídias sociais, como cards, vídeos e podcasts, estão previstos debates públicos virtuais sobre a importância da Agenda 2030 para os municípios, oficinas e disseminação de conteúdos de parceiros do GT Agenda 2030 que promovem os ODS no contexto eleitoral.

Para Alessandra Nilo, coordenadora geral da Gestos e cofacilitadora do GT Agenda 2030, o ano de 2020 e a pandemia de Covid-19 escancararam as desigualdades sociais no Brasil e, nesse contexto, a maneira de se pensar a gestão pública e vida nos municípios precisa mudar. “Mudar o jogo é isso, é adotar o desenvolvimento sustentável – aquele que pensa o presente e o futuro – como eixo central dos municípios. E, para tal, não precisamos inventar a roda: os ODS são esse guia que pode orientar plataformas políticas e, assim esperamos, inspirar eleitores e eleitoras na hora de escolher a quem dar o seu voto”, afirma. “As pessoas precisam e podem voltar a acreditar que é possível, sim, mudar suas vidas a partir de
escolhas conscientes nesse momento eleitoral. Ou seja, essa também é uma campanha sobre esperança no futuro”, completa.

As organizações que integram o GT Agenda 2030 acreditam que disseminar os ODS e focar em soluções que se pautam pelo desenvolvimento sustentável em suas três dimensões – social, ambiental e econômica – é o caminho que as novas gestões devem adotar para tornar seus municípios mais justos, equitativos, pacíficos e bem menos vulneráveis a epidemias/pandemias, como a da Covid-19.

A Agenda 2030 (Resolução UN 70/1/2015) é a sucessora dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que vigoraram de 2000 a 2015. Trata-se de um plano de ação para as pessoas, para o planeta, para paz e para a prosperidade, aprovado pelos 193 Estados-membros das Nações Unidas em 2015, tendo o Brasil como um de seus principais articuladores. Seu quadro operativo é composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas.

Sobre o GT Agenda 2030 – O Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 reúne 50 organizações não governamentais, movimentos sociais, fóruns, redes, fundações e federações brasileiras. O GT incide sobre o Estado brasileiro e as organizações multilaterais, promovendo o desenvolvimento sustentável, o combate às desigualdades e às injustiças e o
fortalecimento de direitos universais, indivisíveis e interdependentes, com base no pleno envolvimento da sociedade civil em todos os espaços de tomada de decisão.