Populações mais vulneráveis devem ter prioridade no acesso à água e ao esgotamento sanitário

Publicado em 11 jul 2022

Escrito por Equipe IAS

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Populações mais vulneráveis devem ter prioridade no acesso à água e ao esgotamento sanitário
Populações mais vulneráveis devem ter prioridade no acesso à água e ao esgotamento sanitário

Desafios para a universalização do acesso ao saneamento são discutidos no programa de rádio Brasil ODS

A desigualdade no acesso à água e ao saneamento e os desafios para o alcance do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 da Agenda 2030 da ONU, de “garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e do saneamento para todos”, foram temas do programa Brasil ODS, transmitido pela Rádio Brasil Atual

Participaram do programa a responsável pelas Redes e Parcerias do Instituto Água e Saneamento (IAS), Mariana Clauzet, e o diretor do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas da USP, Ricardo Hirata. A apresentação foi dos jornalistas Joel Scala e Franklin Valverde.

Os especialistas destacaram a importância de priorizar o atendimento às populações mais vulneráveis e a necessidade de implementar soluções descentralizadas tanto para o abastecimento de água potável quanto para a coleta e tratamento de esgoto, com vistas à universalização do acesso. 

“A gente deve dar prioridade aos grupos mais vulneráveis, que estão submetidos à pobreza hídrica. A falta de água ou a água de má qualidade, como em muitos casos acontece nesses grupos, é questão de vida ou morte. Existem muitas soluções baratas de alta tecnologia embarcada, que é possível aplicar”, ressaltou Hirata. 

Na avaliação de Clauzet, é preciso investir em políticas públicas e em tecnologias sociais. “Existem muitas soluções de saneamento, de água, de esgotamento sanitário, que podem atender a população mais vulnerável, população da área rural, de áreas precárias urbanas. O sucesso depende de um planejamento integrado de políticas públicas, sair desse modo operante de tecnologias focadas em estações de tratamento de esgoto, uma infraestrutura que não chega a todo mundo, e partir para tecnologias que possam ser localizadas, mas que a política pública pode dar escala para isso”. 

Entre as iniciativas citadas por Ricardo estão projetos de dessalinização da água e a diversificação de fontes de recursos hídricos, como a utilização de água subterrânea de forma mais estratégica. Mariana chamou a atenção para a necessidade de investir em reúso da água e em proteção dos mananciais e da vegetação do seu entorno.

O Brasil ODS é um programa do Observatório do Terceiro Setor transmitido todas as quintas-feiras, às 9h, pela Rádio Brasil Atual.

Acesse o vídeo e assista ao programa do dia 30 de junho na íntegra: