A Conferência sobre a Água da Organização das Nações Unidas (ONU) foi um marco em uma geração (a anterior ocorreu em 1977), mas ainda há muito a avançar para que a água tenha seu papel de centralidade reconhecido. Embora mais de 700 compromissos voluntários tenham sido registrados, poucos têm métricas e metas quantificáveis. A expectativa, agora, é pela revisão global do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 durante o Fórum Político de Alto Nível, entre 10 e 19 de julho, em Nova York.  

A Conferência, seus desdobramentos e a importância de universalizar o acesso à água e ao esgotamento sanitário foram temas de um bate-papo entre a diretora executiva do Instituto Água e Saneamento (IAS), Marussia Whately, e o coordenador de Cooperação Internacional do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), Léo Heller. Ambos estiveram no evento, que aconteceu em março na sede das Nações Unidas, acompanharam diversos debates e se encontraram com atores fundamentais na luta pelo cumprimento dos direitos humanos à água e ao esgotamento sanitário em todo o mundo.

Na conversa, eles falam também sobre a relevância do Brasil no debate urgente sobre mudanças climáticas e a participação do governo brasileiro no evento. Heller foi o segundo relator especial da ONU para os direitos humanos à água e ao esgotamento sanitário e conhece bem os bastidores dos encontros de alto nível das Nações Unidas. 

Essa entrevista marca a estreia do podcast Diálogos IAS, que vai debater com especialistas questões relacionadas ao saneamento, água e sobre a aproximação desses temas com a pauta das mudanças climáticas. O episódio foi realizado em parceria com o ONDAS.

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