Situado na região do Alentejo, em Portugal, o Projeto Tamera é uma comunidade com cerca de 160 pessoas que trabalha com restauração de ciclos da água e ecossistemas. Para além do trabalho prático, o Projeto Tamera propõe uma visão crítica dos modos de vida contemporâneos, que seriam insustentáveis ambientalmente. Nesse sentido, busca criar o que chama de “modelos autônomos e descentralizados para um mundo pós-capitalista”. 

Representante do Tamera, o alemão Martin Winiecki veio ao Fórum da Virada Sustentável, realizada em São Paulo em setembro, para falar sobre a iniciativa. Para além do Tamera, Winiecki foi um dos líderes de uma bem-sucedida campanha pelo fim da extração de fósseis em Portugal. O ativista já publicou artigos em sites como Kosmos Journal, Common Dreams, TruthOut e Films For Action.

“A sociedade extrativista provocou um colapso nos ecossistemas e em ciclos d’água. Cada vez mais pessoas sentem que isso não é apenas uma questão ecológica ou da nossa economia, mas que existe uma conexão perturbada com a natureza”, afirmou Winiecki em entrevista para o IAS realizada em 23 de setembro, às margens da Represa do Guarapiranga, no dia seguinte à sua fala no Fórum.

Na conversa, Winiecki falou sobre o Projeto Tamera, as questões envolvendo água em Portugal e a relação entre água e mudanças climáticas.

Saiba mais sobre o Projeto Tamera

Ao lado de Rajendra Singh, o “homem da água da Índia”, o ativista participou de um passeio de barco pela represa promovido pelo IAS. O intuito foi mostrar in loco questões que afetam o segundo maior manancial de água do município de São Paulo (a galeria abaixo traz alguns registros do passeio). 

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