Marina Silva e Rajendra Singh conversam sobre água e clima na Virada Sustentável

Mesa contou com mediação de Marussia Whately, diretora-executiva do IAS

Publicado en 25 Sep 2023

Escrito por Por el equipo IAS

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Marussia Whately, diretora-executiva do IAS, media mesa com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, e Rajendra Singh, o 'homem da água da Índia' / Divulgação IAS
Marussia Whately, diretora-executiva do IAS, media mesa com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, e Rajendra Singh, o 'homem da água da Índia' / Divulgação IAS

“Estamos na agenda da mitigação e da adaptação, mas se não entrarmos na agenda de transformação, não tem saída. É preciso mudar a maneira de produzir, de consumir e de nos relacionarmos uns com os outros, com a gente mesmo e com a natureza. Se não for isso, a gente não dá conta”.

As palavras foram ditas pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante mesa no Fórum da Virada Sustentável realizada na sexta-feira (22), em São Paulo. 

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (divulgação IAS)

O objetivo da mesa foi reunir Marina e Rajendra Singh, médico conhecido como o “homem da água da Índia” por seus projetos de regeneração de rios, para falar sobre temas como acesso à água, mudanças climáticas e preservação da floresta. A mediação foi de Marussia Whately, diretora-executiva do IAS. Antes, Marina e Rajendra fizeram falas individuais.

“Diante de Rajendra, tão apaixonado pela água, eu, uma apaixonada pelas florestas, sinto que há uma forte conexão entre nós. Água e floresta são inseparáveis. Eu sinto aqui que a gente é uma comunidade de pensamento. E quanto mais a gente estiver conectado nessa frequência, mais estaremos fazendo o que o mundo precisa”, afirmou Marina.

Rajendra Singh na Virada Sustentável (divulgação IAS)

A ministra chegou na mesa diretamente do aeroporto. Dois dias antes, Marina participou da Cúpula da Ambição Climática da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, No evento, a ministra anunciou que o Brasil vai corrigir sua meta climática, retomando o que havia sido proposto em 2015. Com essa correção, o país se comprometeu a reduzir as emissões em 48% até 2025 e em 53% até 2030.

“Vocês sabiam que nosso modelo de desenvolvimento, nossa forma de produzir, é um modelo que está jogando mísseis e fazendo uma guerra contra a vida? Tivemos 47 mortes no Vale do Taquari [no Rio Grande do Sul] porque mísseis de carbono foram jogados na atmosfera e fizeram com que uma chuva, que era para cair em um mês, caísse em algumas horas. A mesma coisa aconteceu em São Sebastião [litoral paulista]. E a gente pode ver isso em todo canto. Temos que entender que há uma guerra contra a vida. E que bom que há um despertar, que não deve ser só de governos, mas de empresas, de pessoas, de artistas e de cidadãos”, disse Marina.

A ministra ainda falou sobre como ter esperança na melhoria da questão climática está diretamente relacionada a ações concretas. “Há esperança. Mas a esperança não pode ser uma esperança vã, uma crença ingênua. É a nossa capacidade de acreditar, criando, fazendo a nossa parte.”, afirmou Marina.