Novo relatório do IAS atualiza dados de mananciais que atendem a Região Metropolitana de São Paulo e aprofunda a análise sobre a transferência Jaguari–Atibainha
25 Nov 2025
Elaborado a partir de dados oficiais da Sabesp, o novo relatório do IAS, “Monitoramento de retirada de água dos mananciais da RMSP”, expõe uma situação onde medidas que normalmente seriam de emergência se tornaram rotina.
Já disponível para download no site do IAS, o relatório atualiza os dados da retirada de água dos mananciais encontrados no levantamento anterior, “O aumento da retirada de água dos mananciais da RMSP”, que teve ampla repercussão na imprensa.
O documento também aprofunda a análise sobre a transferência Jaguari–Atibainha — a estrutura que conecta o reservatório Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul (que não integra o Sistema Produtor), ao reservatório Atibainha, do Cantareira.
Esta publicação e a anterior são relevantes no contexto recente da situação do abastecimento de água da Grande São Paulo, com a progressiva diminuição do volume de água do sistema, que no espaço de um mês passou da Faixa 3 de Alerta para a Faixa 4, de Restrição. É um cenário que levou a medidas de redução de pressão e causa preocupação, com a ideia de crise hídrica voltando a circular entre a população e a mídia. No fim de outubro, o governo do estado lançou um plano de contingência hídrica com previsão de longos períodos de corte de água e possibilidade de rodízio de abastecimento.
Destaques do novo relatório
- A transferência Jaguari–Atibainha permaneceu ativa mesmo com o Cantareira em níveis elevados. Apesar do reforço, a retirada de água aumentou e o volume armazenado seguiu em queda.
- Criada para reforçar a segurança hídrica, essa ligação vem sendo acionada desde agosto de 2024, mesmo com o sistema acima de 70% de sua capacidade.
- Realizada a partir de dados oficiais da Sabesp, essa investigação revela que esse recurso da transferência tem permitido à Sabesp retirar volumes acima da faixa de restrição (Faixa 4) definida pela Resolução Conjunta ANA/DAEE nº 925/2017, que delimita as vazões de retirada do Sistema Cantareira.
- O estudo mostra que, em outubro de 2025 o valor outorgado para retirada de água do Sistema Cantareira (23 m³/s) foi ultrapassado em cerca de 4,7 m³/s, chegando à média de 27,7 m³/s nesse mês.
- A vazão de retirada do Sistema Cantareira em outubro de 2025, quando o volume útil estava em 28,2%, foi maior que a praticada em 2023, quando esse conjunto de mananciais estava com 72% da sua capacidade máxima.
- Aumento da retirada de água é indicador de aumento da demanda, que agrega consumo e perdas de água.
- Entre os motivos para maior consumo, fatores como aumento populacional, novas ligações e ligações irregulares devem ser considerados. Em relação a perdas de água, estas se dividem em perdas reais (vazamentos) e perdas aparentes (erros de medição, ligações clandestinas e fraudes).
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